GEC/CENETI exibiu ‘Borboletas Negras' em encontro insólito, diante do estado de greve dos trabalhadores da UFSC
Membros do GEC que optaram por não assistir o filme na BU |
O
Grupo de Encontros Culturais GEC, vinculado ao Centro dos Estudantes do NETI-CENETI, encerrou a sua programação de Setembro na
manhã de ontem (16), de forma insólita, diante da situação de estado de greve deflagrada quatro dias
antes por técnicos-administrativos que trabalham na UFSC. Ao chegarem na Biblioteca
Central, onde ocorrem os encontros do GEC, o Grupo encontrou as portas
fechadas, embora houvesse permissão para entrar e tivesse alunos lá dentro.
Isso criou uma situação de decisão, entre subir ao Auditório Elke Hering, para assistir o filme, ou não subir. Diante do impasse, a Coordenação Geral do GEC, que
já tinha obtido permissão para entrada do Grupo na BU, deixou os participantes
à vontade para escolherem o que gostariam de fazer. Uma parte do Grupo subiu,
enquanto outra parte optou por não subir e acompanhar a Assembleia Geral
Extraordinária dos Professores no Centro
de Comunicação e Expressão-CCE, que decidia se a categoria entraria ou não em greve.
Antes
disso, o Grupo optou por sentar no gramado em frente à Biblioteca e conversar
sobre o filme, uma vez que a colega Sônia Maria Magalhães, que faria a apresentação e
conduziria o debate, tinha optado por não entrar na BU e não assistir o filme em
solidariedade ao movimento estudantil.
Sônia contou sobre o filme, contextualizou o período em que foi produzido, descreveu em detalhes a trajetória vivida pela protagonista – o filme é baseado em fatos reais e conta a história da escritora e poetisa sul africana Ingrid Jonker – e terminou com a leitura do poema “The Dead Child of Nyanga”, de autoria de Ingrid, lido por Nelson Mandela em 1994, na abertura do primeiro Parlamento Democrático da África do Sul.
Colegas que chegaram ao Grupo pela primeira vez optaram por não assistir o filme
Filme foi debatido ao ar livre, em roda improvisada em frente à BU |
Sônia contou sobre o filme, contextualizou o período em que foi produzido, descreveu em detalhes a trajetória vivida pela protagonista – o filme é baseado em fatos reais e conta a história da escritora e poetisa sul africana Ingrid Jonker – e terminou com a leitura do poema “The Dead Child of Nyanga”, de autoria de Ingrid, lido por Nelson Mandela em 1994, na abertura do primeiro Parlamento Democrático da África do Sul.
Colegas que chegaram ao Grupo pela primeira vez optaram por não assistir o filme
A
decisão de não ter entrado na Biblioteca em solidariedade ao movimento
estudantil que teve início efetivamente dia 10 de setembro, com a deflagração
de greve pelos estudantes de Graduação da UFSC, foi bastante comentada pelo
Grupo que ficou do lado de fora. Todos, no entanto, explicitavam a posição de
que não ter acompanhado o GEC na exibição de Borboletas Negras "em nada
influenciava na harmonia e união do Grupo".
Neusa Borges, aluna do Curso de Contadores de História do NETI e que também trabalha com Cinema, em filmes produzidos por alunos da UFSC e Univalle e que chegava ao GEC pela primeira vez, demonstrava contentamento por não ter ido ao Auditório Elke Hering.
Neusa Borges, aluna do Curso de Contadores de História do NETI e que também trabalha com Cinema, em filmes produzidos por alunos da UFSC e Univalle e que chegava ao GEC pela primeira vez, demonstrava contentamento por não ter ido ao Auditório Elke Hering.
“Foi
bom eu não ter entrado, pois ouvi sobre o filme e conheci posicionamentos políticos
de membros do Grupo. Acho que tomei a decisão certa”, disse a colega, que com o
episódio teve que adiar a sua entrada oficial no GEC.
Opinião
semelhante foi compartilhada pela colega Mariany Costa Vilela, aluna do Curso de Espanhol, do NETI e vice-presidente do Centro dos
Estudantes do NETI-CENETI, que também faria sua estreia no GEC nessa
segunda-feira. “Foi ótimo, porque percebi que fiquei no lugar certo, que tomei
a decisão certa ficando do lado do Grupo que pensava da mesma forma que eu
sobre o movimento estudantil da UFSC”.
Para
a coordenadora Geral do GEC, Maria Aparecida Ferreira, que acompanhou o Grupo
que assistiu o filme, o Encontro dessa segunda-feira “espelhou
a Democracia e o livre arbítrio”.
Alunos do NETI tem estado presente em mobilizações pela defesa da Educação
http://integraneti.blogspot.com/2019/05/alunos-do-neti-participaram-de-protesto.html
(Foto 1 foi feito por voluntário da UFSC)
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos: 1-O GEC naõ encerrou a apresntação de filmes do mês de setembro. Dia 30 de setembro, até segunda ordem, haverá encontro. 2- A direçaõ da BU decidiu que nós podiamos entrar, assim como os estudantes que tiveram reunião de estudos e tb os que precisaram usar a sala de computadores, a qual estava lotada, e era uma sal bastante grande. 3- o NETI não aderiu a greve. 4-O grupo que entrou para assistir o filme não foi entrevistado, era maior do que os que aderiram a greve. 5- Me parece que esse grupo que aderiu a greve está tomando decisões sem consultar a coordenação do GEC. 6- Embora a Vanda faça excelentes matérias para o blog, essa me pareceu parcial. Não foi uma matéria isenta. . 7- a coordenação não foi consultada sobre o filme, usando material em reunião fora da BU e da apresentação do filme. 8- O GEC prima pelo respeito ao livre arbítrio de cada um. 9- o destaque foi inteiro para os integrantes que aderiram a greve. Espero que que o ocorrido não impeça a harmonia existente no grupo.
ResponderExcluirFaço constar que os 17 integrantes assistiram ao filme é após tivemos debate tendo mediaforas as colegas Letícia é Thelma. E quem apresentou o filme e passou as informações sobre o filme foi a coordenadora Fílmica
ResponderExcluirCara Raquel, me permita discordar pontualmente de duas questões. Uma
ResponderExcluirdelas diz respeito ao "grupo de fora" ter tomado decisões sem consultar a coordenação do GEC. Não foram tomadas decisões PELO GEC. As decisões ali tomadas foram claramente pessoais de acordo com aquilo que cada um acreditou ser certo ou coerente, e a mesma lógica vale para aqueles c que optaram por assistir ao filme. O segundo ponto diz respeito à afirmação de que foi usado material do GEC fora da BU. Nenhum material do GEC foi usado. Por sugestão do grupo, fizemos ali fora um bate papo sobre o filme. O material que utilizei para guiar essa conversa foi produzido por mim a partir da pesquisa feita sobre a bibliografia da escritora, personagem filme, e sobre o perfil psicológico da mesma segundo a minha ótica profissional. Não considero em absoluto que este material seja DO GEC e que não possa ser veiculado fora desse grupo. E para finalizar, gostaria de parabenizar o empenho da Vanda no trabalho que realiza. Depois da nossa conversa, passamos pela assembleia e ela lá ficou a colher informações para o blog sobre o momento difícil pelo qual passam as universidades brasileiras e o possível desdobramento de decisões a partir da paralização e da assembleia. O fato de não ter colhido relatos dos que assistiram ao filme, embora possa ser questionado, se explica pelas circunstâncias do momento: assembleia, biblioteca fechada, etc. Estou certa de que não houve nenhuma intenção de parcialidade da parte de nossa colega blogueira. E deixo ainda claro que, conquanto tenha havido divergências de tomada de decisão, o "grupo de fora" se manteve firme na ideia de ser o GEC um grupo único de pessoas afins e amigas, onde se pode respeitar as devidas diferenças.
Amigos do GEC:
ResponderExcluirNós sempre primamos para o bem estar de todos e, acima de tudo, respeitamos os posicionamentos de cada um.
Prova disto, acontece nos nossos debates enriquecedores.
Quando criamos o GEC, vislumbramos uma equipe unida, passando momentos de cultura e lazer juntos, durante essa nossa fase da vida: a maturidade.
Maturidade, para mim, significa compreender, respeitar, amar e dar aconchego a nossos amigos, para juntos vivermos essa fase cheia de percalços, como as outras também o foram, da melhor forma possível, desfrutando daquilo que de melhor nos é enviado pelas forças divinas.
Primo pelo livre arbítrio, pratico a compreensão nos momentos de companheirismo.
Gostaria que essa polêmica fosse esquecida. Não vamos apontar esse ou aquele que fez o que melhor lhe pareceu, num momento de impasse.
Essas divergências nos amadurecem, vamos considerar como lições de vida pois se tudo fosse do jeito que esperamos, jamais conseguiríamos nos elevar espiritualmente.
Considero que todos agiram da forma que mais lhes sensibilizou, mas não devemos partir para o enfrentamento. Amanhã poderemos estar à frente de situação idêntica e já saberemos como reagir: respeitando a todos e desejando que, de uma forma ou outra, sejam felizes.
Esta é a principal finalidade do nosso grupo.
Quem assistiu ao filme, se divertiu, aprendeu, discutiu, sob a mediação das nossas colegas Thelma e Letícia.
Quem preferiu não entrar, participou democraticamente das outras atividades.
O mais importante é que o respeito continue a existir em nosso grupo, pois sem ele, infelizmente, nosso sonho de três anos atrás virará pesadelo.
É o que me parece mais razoável, Cida. Boas palavras.Que prevaleçam sempre a democracia, o respeito mútuo e a solidariedade.
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