“Folhas de Outono”, filme premiado no Festival de Cannes, encerrou atividades de Semestre do GEC/CENETI-UNAPI


O Grupo de Encontros Culturais-GEC, vinculado ao Centro de Estudantes do NETI-CENETI/UNAPI-Universidade Aberta para as Pessoas Idosas, encerrou suas atividades de primeiro semestre na Segunda-feira (10) com o filme “Folhas de Outono”, no Auditório do CSE/UFSC, em sessão sucedida de debate. "O filme foca a temática operária, a solidão e frieza do povo finlandês para expressar sentimentos. Apesar da Finlândia ser conhecida como exemplo de bem-estar e de qualidade de vida, tem um lado do filme que mostra que nem tudo é tão perfeito”, relata Leonilda Rossi, no compartilhamento do Encontro com o Blog integraNETI. 
 
Filme de 2023 foi Prêmio do Juri no Festival de Cannes

“Folhas de Outono”, filme de 2023 do diretor Aki Kaurismaki, foi vencedor do Prêmio do Juri no Festival de Cannes e primeiro lugar na lista de melhores de 2023, da Time. Ao apresentar o filme, a Coordenadora Fílmica do GEC, Raquel Maia Liberato (à direita), observou que o programado seria exibir “O outro lado da esperança” do mesmo diretor, porém por motivos técnicos foi impossível apresentá-lo.
Aki Kaurismaki, no cinema, sofreu influência de Robert Bresson e a maioria de seus filmes são centrados em sua cidade natal, Helsinque e a vizinha cidade operária, Kallio. Mostram retratos de uma sociedade em decadência num sistema capitalista.

“Folhas de Outono” (2023) tem também a temática operária, a solidão e frieza do povo finlandês para expressar sentimentos. As cores escuras, cinzentas do filme passam opressão, solidão e frieza. Apesar da Finlândia ser conhecida como exemplo de bem-estar, suporte social e qualidade de vida, alta renda per capita, suporte social, baixíssimos índices de corrupção e solidariedade, também tem um lado que o filme mostra que nem tudo é tão perfeito, destaca o relato compartilhado por Leonilda.
No filme, o casal de protagonistas proletários, quase invisíveis, existem apenas como máquinas numa linha de produção, com todos os demais aspectos de suas vidas devendo ser descartados e ignorados. Seriam eles, também, material de rejeito num mundo em que somos o quanto valemos, ou são dignos de amor, de um romance, de poesia para além da mera sobrevivência? Sim, existe amor nos tempos do capitalismo tardio.
Tão recorrente quanto o noticiário radiofônico da guerra Rússia/Ucrânia é o gesto de Ansa, a protagonista, de mudar para outra estação que toca música porque não somos máquinas de produção e precisamos de poesia. Temos direito à beleza e ao amor.
Outro aspecto é o de que o longa é, também, uma homenagem à formula clássica do cinema e um tributo ao gênero criado por Charles Chaplin. Isso fica bem explicitado na cena e plano final do filme, destaca o relato compartilhado pelo GEC.




Fotos: Ivone Fernandes, integrante do GEC/CENETI

(VA)

Comentários

  1. Parabéns mais uma vez a Vanda, e Tb a Leonilda, s3cretaria do GEC,que tão bem explanou sobre o filme

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