A recepção
aos alunos do EJA/NETI, no Centro Ambiental da AFFESC, em Canasvieiras, na tarde de sexta-feira (09), fez da aula passeio sobre
Plantas Medicinais um encontro alegre e descontraído. Os alunos foram recebidos no Recanto do Chá pela
gestora ambiental Daiane Basílio, que dividiu a turma em roda para que todos se
apresentassem. Para enfeitar a roda,
Daiane optou por um grande vaso com folhas
de manjericão, o que terminou por aguçar aromas, histórias e lembranças.
A água que abastece a Casa do Chá é proveniente da chuva. Já o tratamento do esgoto é feito de forma ecológica, utilizando pedriscos e cascalhos, em conjunto com plantas com alta capacidade de absorver a umidade do solo como bananeiras, taioba, junco e papiro.
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A pedido
de Daiane, Otávio, aluno do EJA/NETI, vindo do Rio de Janeiro, leu o texto de
título “Plantas de Amor”, sobre a origem
do Manjericão, o que fez algumas alunas lembrarem
dos tempos de outrora. “Antigamente, nos bailes da mocidade, moças e rapazes
colocavam folhinhas de manjericão atrás da orelha para ficarem perfumados.
Fizemos muito isso”, lembrou Adélia Domingues Garcia da Silva, 84
anos, trazendo a tona relatos parecidos.
'Nós temos manjericão na área Verde do NETI. No ano
passado pesquisamos ervas medicinais e até escrevemos um livro”, disse a aluna, cheia dos conhecimentos.
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Histórico sobre construção da casa, exposto na entrada, revela dados curiosos |
Alunos
conheceram plantas e colheram mudas
Daiane
falou sobre o trabalho feito no Centro Ambiental da Associação dos Fiscais Federais do Estado de Santa Catarina - AFFESC, citou o processo de
compostagem, a transformação de alimentos em adubo e falou da importância de
saber identificar as plantas. “Assim como as pessoas, as plantas tem apelidos.
Sempre ganham um nome popular, que é mais comum, mas todas as plantas tem um
nome científico", observou, para citar o Manjericão, de nome Ocimum basilicum.
Com
sua origem contada no texto “Plantas do Amor”, ouvido atentamente, o Manjericão foi dando espaço ao mundo curioso
da Fitoterapia. “Alexandre, o Grande, possivelmente levou a erva para a
Grécia, onde antes se pensava que escorpiões acasalavam embaixo de vasos da
erva. Os romanos ligavam o manjericão ao
amor e a fertilidade. Na Romênia, se um homem aceita um ramo de manjericão de
uma mulher, eles estão noivos” , dizia o
texto lido no Grupo, com o qual a gestora ambiental deu sequência ao passeio.
Sálvia Abacaxi é boa para bronquite e problemas respiratórios, disse a Gestora Ambiental |
"Lippia Dulcis": folhas são um adoçante natural de 300 a 1000 vezes mais doces que o açúcar. |
Na horta de plantas medicinais, o deslumbramento era visível. Enquanto um Grupo de alunos ficava colado à Gestora, para saber sobre uso e benefícios das plantas, o Grupo do lado ia identificando variedades que já conheciam e contando para o que serviam, ao lado de outros que pediam permissão para colher as mudas que desejavam. Distribuídos entre canteiros repletos de “Cavalinha, Chicória do Pará, ou Chicória Brava, Alho Mirá, Erva Baleeira, Menta, Sálvia Abacaxi, ao lado de dezenas de outras plantas medicinais, os alunos do EJA/NETI e professores tiveram uma aula livre, de muita aprendizagem e troca de saberes. Uma planta que chamou atenção de todos foi a “Lippia Dulcis”, variedade que apresenta pequenas flores brancas e que é apontada como adoçante natural. Suas folhas são um adoçante natural de 300 a 1000 vezes mais doces que o açúcar.
A
aula passeio reuniu cerca de 30 pessoas entre alunos, professores e convidados.
Além dos professores do EJA/NETI, Maristela, Raphaela e José, que coordenaram a atividade, participaram a professora de Ciências, Michelle e alunas do Curso de
Ciências Biológicas da UFSC. Um ônibus contratado em parceria EJA/NETI, fez o
transporte de alunos e professores. O Blog integraNETI participou na qualidade de convidado.
Um dia
antes, na quinta-feira (08), a turma do segundo segmento vespertino do EJA/NETI
visitou a Comcap, onde foi complementar estudos sobre Reciclagem. Coordenaram essa atividade o professor José Fernandes
Costa e a professora Michelli.
Texto e Fotos: Vanda Araújo
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