“Loucas de Alegria” do italiano Paolo Virzi, recebeu aplausos na sessão de ontem do GEC/CENETI no CSE/UFSC
Roneci, à esquerda e Graciela |
“Dependendo das estruturas familiares, as pessoas se fortalecem ou se desestruturam. No filme, uma amiga é depressiva e a outra bipolar. O diretor trabalha bem essa questão”, observou Roneci, ao interpretar comportamentos e atitudes da dupla de amigas, Beatrice e Donatella.
Filme fala de crises de
identidade e conflitos sob o prisma da amizade
“Loucas de Alegria” de 2016,
foi ovacionado pelo público no Festival
de Cannes e muito bem recebido pela crítica, na Quinzena dos Realizadores
Segundo o diretor, “a historia é uma metáfora para a loucura
essencial da Itália, em relação às nossas crises de identidade e nossos
conflitos políticos, vistos pelo prisma da amizade".
Beatrice é uma
mulher rica, extravagante e extrovertida, e que não para de falar. Donatella é
tímida, pobre, e evita o contato com as pessoas. Elas possuem
personalidades completamente distintas e pertencem a classes sociais opostas.
Ambas são internadas num hospital psiquiátrico, e aos poucos tornam-se grandes
amigas, construindo um vinculo importante para sobrelevar suas abaladas vidas.
São pessoas que amam,
que tem carências e precisam de liberdade e felicidade. O filme faz refletir sobre o mundo em que vivemos e sobre
as dificuldades de adaptação que terminam por provocar doenças, observa Graciela.
Lembra que na sessão anterior,
o GEC exibiu "Capital Humano", do mesmo diretor, que aborda a decadência social e moral das relações
humanas no mundo capitalista, tendo com pano de fundo a crise econômica
europeia, em especial a italiana.
O GEC promove dois encontros por mês. O próximo será dia 15 de Outubro. Antes disso, porém, no dia 09 de Outubro, a Coordenação Geral do Grupo promoverá um Tour com Guia Manezinho, em Santo Antonio de Lisboa, sucedido de degustação em cafeteria do bairro.
Virzi é um
dos mais brilhantes diretores da atualidade na Itália
O ator, roteirista e diretor italiano Paolo Virzi nasceu
em Livorno, Toscana, em 1964 e é considerado um dos mais brilhantes diretores da
atualidade na cena italiana. A crítica chama atenção para o fato de que ele “consegue
contar o doce e o amargo de nossa sociedade através de histórias excitantes, as
vezes dramáticas, com uma pitada de ironia”, diz Graciela.
O que
caracteriza o estilo de Virzi é a capacidade de se inspirar nos grandes
diretores dos anos 90, re-elaborando a experiência do passado de maneira
moderna.
“Cada um de
seus filmes nos faz refletir sobre o mundo em que vivemos, fazendo-nos rir de
nossas dificuldades. Os sentimentos que temos ao assistir alguma de suas obras
são uma mistura de alegria e de "amargo
na boca, clássico da comedia italiana”, pondera a técnica do Grupo de
Encontros Culturais.
No total, o diretor
contabiliza treze filmes ao longo de sua carreira, com destaque para "A
bela vida" primeiro longa de 1994, inspirado na grande comedia italiana
com Mario Monicelli, e que ganhou vários prêmios; “Ovosodo", de 1997, sucesso de publico e critica, tendo
conquistado o Grande Premio do Juri no Festival de Veneza; "Toda uma vida
pela frente" de 2008, outro sucesso com vários prêmios, e os mais recentes, “O capital humano, de 2013”, “Loucas de Alegria, de 2016 e “Ella
e John”, de 2017.
![]() |
O GEC no tradicional Coffee Break |
(VA)
Texto: Vanda Araújo, c/colaboração de Graciela Baigorria
Fotos: Vanda Araújo e
Maria das Graças Ferreira
muito bom Vanda a matéria. E quero deixar aqui meus parabéns a Roneci pela mediação é ao sucesso do grupo.
ResponderExcluir