Presidente da ACL-CENETI, acadêmica Osmarina de Souza, recebe títulos e honrarias da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos-OMDDH

Acadêmica Osmarina, ao centro

O gosto pela poesia virou fama. Osmarina Maria de Souza, ou Dona Osmarina, como é carinhosamente chamada nos corredores do NETI, tornou-se Embaixadora da Paz da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos-OMDDH. Ao Título, recebido na adesão à Comenda Internacional Diplomata Ruy Barbosa “O ÁGUIA DE HAIA”, somam-se duas honrarias: a Medalha da Comenda e o Titulo Destaque Cultural 2017. Osmarina de Souza foi homenageada em evento Cívico da OMDDH na noite de 20 de abril último, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, em Niterói/Rio de Janeiro, ao lado de autoridades do Judiciário, Acadêmicas e de homenageados de Instituições do Terceiro Setor.  O evento marcou as comemorações de 173 anos de nascimento do Barão do Rio Branco e do Dia do Diplomata e foi conduzido pelo presidente da OMDDH, Embaixador da Paz e Defensor dos Direitos Humanos, Professor Dr. Iguaci Luiz de Gouveia Junior. 

A honraria veio precedida de mensagem da presidência da OMDDH. Em Ofício enviado à poetisa dia 07 de fevereiro último, o presidente da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Hmanos,escreveu: 
“Os títulos foram outorgados pela leitura do vosso Currículo biográfico, em reconhecimento à vossa formação Acadêmica e pelos relevantes serviços prestados a Família, a Sociedade, às Ciências, às Letras e Artes no contexto do Brasil”, disse Iguaci Gouveia Junior.

Dona Osmarina, na sala da AMAG, no NETI

Chegada ao NETI: o começo de tudo

A trajetória de vida de Dona Osmarina é bonita e curiosa.  O gosto pela poesia vem dos tempos de infância, de quando ainda era menina. Aos 87 anos, a ex-funcionária pública, três filhas, formação limitada ao curso primário, traz na bagagem uma extensa coleção de atividades sócio-culturais que tem contribuído para fortalecer o folclore catarinense. No total, já são seis os livros publicados pela cronista e poetisa, também co-autora em outras quatro publicações e com participação em 54 antologias. Na sua bagagem, também encontramos 19 jornais alternativos em todo o país onde atuou como correspondente. 

'Titulos são um reconhecimento ao meu trabalho", diz a poetisa

Toda essa projeção teve como ponto de partida um local que jamais saiu da rota de vida de Osmarina: o Núcleo de Estudos da Terceira Idade-NETI.
“Devo tudo ao NETI. O NETI foi o começo de tudo”, conta a 

poetisa, dona de uma memória e fluência verbal contagiantes. Ao falar de si, Osmarina relembra histórias de seus tempos de crianças, muitas das quais marcadas por momentos difíceis para sua família, revive episódios marcantes ao lado da mãe, dona Clarinda e faz confissões doídas, de uma mulher que soube enfrentar e superar obstáculos.

“Não pude estudar, fiz somente o primário e tive uma vida muito difícil. Como negra, fui muito discriminada’, confidencia. Ex-aluna do Núcleo de Estudos da Terceira Idade-NETI, onde chegou em agosto de 1994, Osmarina fundou em 1998, junto com outros colegas, a Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses, entidade que hoje se faz presente na agenda cultural de Florianópolis com eventos e promoções. 

A paixão pela vida literária estava declarada: “Essa foi a célula máster de todas as outras iniciativas”, faz questão de destacar. Nos anos seguintes, Osmarina fundaria e ajudaria a fundar a Academia Desterrense de Letras, a Academia de Letras São Evangelista da Barra do Biguaçú, a Academia de Letras de São José, região da Grande Florianópolis e a Academia Brasileira de Contadores de História. Em setembro de 2017, participou da criação da Academia de Canto e Letras-ACL do Centro dos Estudantes do NETI-CENETI, lançada dentro das comemorações de 35 anos do NETI, para a qual foi eleita presidente.  

Título de Embaixadora

A conquista do título de Embaixadora da Paz começou a ser construída em 26 de janeiro último, durante a apresentação da poetisa num evento promovido pelo SESC, na praia de Canasvieiras, em Florianópolis, a convite da Associação de Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses. Entre os convidados para o evento, estava a Dra. Carmen Rejane Cella,  que também viria a receber honrarias da OMDDH e que na ocasião comunicou à Osmarina a intenção de enviar o curriculo da poetisa para a Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. Menos de um mês depois, em 07 de fevereiro, o presidente da OMDDH emitia oficio confirmando a aprovação do Curriculo Biográfico da poetisa e a sua adesão à Comenda Internacional  Diplomata Ruy Barbosa “O Águia de Haia”. 

“Na idade em que estou, e considerando situações que  hoje me entristecem (aqui a poetisa faz referências ao âmbito familiar), esses títulos representam um ânimo em minha vida, uma realização, o reconhecimento ao meu trabalho”, expressa Osmarina.

Entre os títulos honoríficos outorgados pela OMDDH dia 20 de abril último figuram: Grão Golar Diplomata Ruy Barbosa "O Águia de Haia"; Doutor Honoris Causa em Direitos Humanos com a Medalha; Comenda Internacional Diplomata Ruy Barbosa "O Águia de Haia"; Comenda Diplomata Barão do Rio Branco; Comenda Diplomata Joaquim Nabuco; Embaixador da Paz; Paladino da Justiça de Paz; Paladino dos Direitos Humanos; Destaque Social 2017; Destaque Cultural 2017 e  Mérito Nacional Pacificador 2017.

(VA)