“A falta de perdão pode trazer desequilíbrio à saúde
humana, levar a dores crônicas e emocionais”. O
diagnóstico é do professor Mário Oliveira, do Instituto Internacional de
Projeciologia e Conscienciologia-IIPC, de Florianópolis-SC, palestrante de abertura do
Ciclo de Palestras sobre Interações Energéticas e Qualidade de Vida, iniciado na quinta-feira (08/03) e que lotou o
auditório do CCJ/UFSC.
Mário Oliveira abordou a
necessidade de reconhecer as dificuldades em perdoar e admitiu estar diante de
um assunto controverso. “Há muito preconceito em falar de perdão. Até o ano
2000, o perdão era visto como um processo muito mais religioso do que
filosófico”, ponderou, observando que muitas pessoas adoecem por não terem no
perdão a saída para seus conflitos.
“Se não perdoarmos, não nos
livrarmos de sentimentos prejudiciais como mágoa, ressentimento, raiva e vingança, podemos abreviar nossa vida”, alertou.
Acúmulo de raiva pode deixar uma pessoa entrevada
Indagado sobre os efeitos nocivos
da falta de perdão no cotidiano, o professor do IIPC foi enfático: “Afetam não
somente a saúde física, como energética e emocional. As pessoas que guardam
ressentimentos, mágoa, raiva, não dormem bem. Sentem problemas de estômago, intestino,
fígado. O acúmulo de raiva pode deixar uma pessoa entrevada, numa cadeira de
rodas”, observou.
O palestrante chamou
atenção para a importância de aprendermos a manifestar nossos sentimentos e disse
que é preciso entender o processo do perdão. “O processo envolve várias fases. Temos que
sentir a partir de nós quais os nossos ressentimentos. Reconhecer de onde vem o
problema é fundamental. Ressentimentos de infância podem determinar nosso
comportamento na vida adulta. Também temos que entender que o outro tem um
nível de compreensão diferente do nosso”.
Perdoar é libertar um
passado de sofrimento
Os benefícios advindos do
Perdão, por sua vez, vão muito além do alívio de dores físicas e emocionais.
Segundo o professor do IIPC, o saber perdoar implica na superação de bloqueios
energéticos, na auto e heteropercepção do momento evolutivo, na libertação
de sentimentos anacrônicos do passado, na possibilidade de viver sentimentos
nobres e assistenciais no presente e na construção de um futuro promissor em
paz consciencial, na pacificação íntima.
Bem humorado, às vezes provocativo, Mário Oliveira
respondeu dezenas de perguntas ao público presente, representado por membros da
Coordenação do NETI e alunos, e por alunos das mais diversas faixas etárias e cursos
da UFSC.
“A ponderação a ser feita é essa: será que a minha
vida vale mais que um perdão? questionou, para dar a resposta logo em seguida: “perdão,
acima de tudo, é um compromisso com a nossa própria vida, com a nossa saúde. Quando
eu dou um perdão, estou cortando a relação de poder que uma pessoa tem sobre
mim. Estou me libertando de um passado de sofrimento para viver o presente e o
futuro”, enfatizou.
O Ciclo de Palestras prossegue até novembro numa
promoção da UFSC/PROEX/NETI. A próxima palestra será dia 20
de março (terça-feira), das 19h30min às 21h30min, no Auditório da Reitoria da
UFSC, com o tema “Interações Energéticas com pessoas, objetos e ambientes”.
Redação: Vanda Araújo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente matéria. Um tema muito complexo e e importante. Grato por compartilhar. Parabéns!
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