NETI 35 anos: Aula Inaugural homenageou voluntários e propôs reflexões:“Tomar decisões é um grande segredo para nutrir momentos de felicidade”, frisou palestrante
A aula inaugural de segundo semestre do NETI, realizada dia 22 de agosto último, dentro da programação comemorativa de seus 35 anos, lotou o auditório da Reitoria da UFSC. O Grupo de Canto Vozes da Ilha abriu a solenidade, que contou com as presenças de Lorena Machado e Silva, da UNIPAZ, convidada a falar sobre “Felicidade! Quem tem? Quem quer?” e da vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina, Alacoque Lorenzini Erdmann, além de professores e alunos.
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Alunos, professores e voluntários prestigiaram evento comemorativo aos 35 anos do NETI - Foto: Solidônio Amaral |
Coordenadora Jordelina Schier (à direita) e Vanda Araújo, aluna do CFMAG-2a. fase - Foto: Solidônio Amaral
As boas vindas partiram
da coordenadora Jordelina Schier, que compartilhou com o público sua satisfação pela
homenagem prestada ao NETI na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, dia 16 de agosto, em Ato Solene proposto pela
Bancada Feminina.
Jordelina Schier anunciou a criação da
Academia de Canto e Letras do CENETI, de lançamento previsto para 15 de
setembro próximo e deu ênfase especial à importância de saber valorizar as
ações do voluntariado.
“Nessa aula
inaugural, queremos reconhecer o trabalho dessas pessoas que hoje estão aqui e
que voluntariamente têm nos ajudado a honrar nosso compromisso social”, disse a
Coordenadora. O tema da aula inaugural foi apresentado de maneira peculiar :
“Vamos falar de Felicidade! Quem tem, quem quer?” indagou Jordelina, para logo responder a si própria: “Alguns de nós acrescentaria: Felicidade é um
detalhe. O NETI poderia responder: Vem prá cá”, disse em tom de aconchego.
Retrospectiva inspirada na criação literária dos alunos trouxe fatos curiosos

Na sequência, falou
a aluna Vanda Araújo, do Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica, que
fez uma retrospectiva de 35 anos do NETI inspirada na veia literária dos
netianos, conforme sugestão da professora Maria Cecília Antônia Godtsfriedt,
coordenadora do CFMAG. A retrospectiva trouxe
fatos marcantes da vida estudantil do NETI nos anos 80, 90 e a partir do ano 2000.
Entre as iniciativas de destaque foram citadas
a criação do Varal Literário, no início dos anos 90, quando o NETI teve forte
participação no desenvolvimento de políticas de atenção ao idoso; a criação do CENETI, que passou a promover a integração
sociopolítica e cultural dos estudantes e a criação do Hino do NETI, em 2002.
O talento dos alunos para a criação literária
- crônica, contos, poesia - mereceu atenção especial. Vanda relembrou a edição dos
concursos Grupo Literário Terceiro Tempo e Casa do Saber Gerontológico,
realizado em três edições com tema nos quatro pilares da Educação – Aprender a
Conhecer, a Fazer, a Viver e a Ser - e também falou do despertar dos alunos
para a musicalidade e para a dança. Entre outros fatos curiosos da memória literária
do NETI, a retrospectiva citou a crônica de Moacir Loth, titulada “O NETI não
usa pijamas”, 3º lugar no Concurso Grupo Literário.
“O NETI, politizado e politizando, trocou os óculos dos
políticos, da Universidade, do Estado, do Congresso e da sociedade. Agora, o
velho está bem à vista! O NETI rolou, ralou, dançou, pintou e bordou nos
movimentos políticos e sociais do país. Na Ação Constituinte, os idosos
garantiram espaço na Carta Magna de 88... A mobilização impôs a questão da
terceira idade na agenda nacional... A terceira idade virou bandeira política,
de bons e de políticos velhacos. Chegou às escolas, aos clubes, às entidades,
ocupou os meios de comunicação!”, citou a retrospectiva, lembrando que a crônica
de Loth, datada de 2003, coincidiu com a entrada em vigor do Estatuto do Idoso,
de forte participação do NETI na sua formulação. As 23 crônicas
selecionadas no Concurso Grupo Literário deram origem ao livro de Crônicas “NETI
20 anos fazendo história”, lançado dentro das comemorações de aniversário de 20
anos do Núcleo.
“Mude! Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros", cutucou Lorena Machado, psicóloga e blogueira zen
Palestrante da Aula Inaugural com o tema “Felicidade! Quem tem? Quem quer?” a psicóloga e psicoterapeuta Lorena Machado e Silva, também professora da UNIPAZ, apresentou-se dizendo que iria somente lembrar o que todos nós temos. “A paz que nós procuramos, o amor que nós procuramos, habita em nós. A palestra de hoje tem muito esse sentido da lembrança, da provocação”, cutucou.
Lorena apresentou definições de Felicidade sob a ótica de personalidades de renome como Albert Einstein, José Saramago, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Dale Carnegie e Carlos Drummond de Andrade e ia entremeando suas impressões a cada conceituação mostrada em tela.
"A Felicidade não costuma ser um estado permanente. Os movimentos na vida são movimentos de onda, nós é que temos a ilusão de querer um estado permanente”, observou.
A definição de felicidade escrita pelo físico alemão Albert Einstein, “A Felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles”-, veio acrescida de sugestões. A psicóloga enfatizou a importância da polaridade, do olhar excludente, e foi direta: “Precisamos evoluir para o movimento 'isso' e 'aquilo'; em qualquer situação, a solução existe”, enfatizou, destacando a importância da necessidade da mudança de atitude quando esta se faz necessária. Os conselhos para quem busca a felicidade foram vários:
"Tomar decisões é um grande segredo para nutrir momentos de felicidade. Mude! Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros. Um elemento detonador da felicidade é colocá-la no futuro. Vamos assumir a postura de olhar as coisas de outras perspectivas. Começe a se dar prazer”!, disse em tom enérgico, como a alfinetar a platéia.
Dona de um curriculum invejável em que figuram o Projeto “Ciência e Espiritualidade em Saúde”, desenvolvido no Hospital Universitário da UFSC, do qual foi criadora, e de larga atuação em Psicologia Transpessoal, como Celebrante de rituais de passagem e como Facilitadora da Jornada da Transformação, Lorena Machado apresentou aos alunos um exemplo de sociedade que fica no Butão, pequeno país no Himalaia, que ao invés de medir sua atividade econômica pelo PIB (sigla para Produto Interno Bruto, um dos indicadores mais utilizados pela macroeconomia) faz uso de outro indicador, a FIB- Felicidade Interna Bruta. Segundo suas explicações, os pilares de avaliação da Felicidade Interna Bruta-FIB envolvem nove dimensões, entre as quais, Bem estar psicológico, Saúde, Uso do Tempo, Vitalidade Comunitária, Educação, Cultura e conservação do Meio-Ambiente.
Lorena apresentou definições de Felicidade sob a ótica de personalidades de renome como Albert Einstein, José Saramago, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Dale Carnegie e Carlos Drummond de Andrade e ia entremeando suas impressões a cada conceituação mostrada em tela.
"A Felicidade não costuma ser um estado permanente. Os movimentos na vida são movimentos de onda, nós é que temos a ilusão de querer um estado permanente”, observou.
A definição de felicidade escrita pelo físico alemão Albert Einstein, “A Felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles”-, veio acrescida de sugestões. A psicóloga enfatizou a importância da polaridade, do olhar excludente, e foi direta: “Precisamos evoluir para o movimento 'isso' e 'aquilo'; em qualquer situação, a solução existe”, enfatizou, destacando a importância da necessidade da mudança de atitude quando esta se faz necessária. Os conselhos para quem busca a felicidade foram vários:
"Tomar decisões é um grande segredo para nutrir momentos de felicidade. Mude! Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros. Um elemento detonador da felicidade é colocá-la no futuro. Vamos assumir a postura de olhar as coisas de outras perspectivas. Começe a se dar prazer”!, disse em tom enérgico, como a alfinetar a platéia.
Felicidade Interna Bruta-FIB, adotada no Butão, despertou curiosidade
Dona de um curriculum invejável em que figuram o Projeto “Ciência e Espiritualidade em Saúde”, desenvolvido no Hospital Universitário da UFSC, do qual foi criadora, e de larga atuação em Psicologia Transpessoal, como Celebrante de rituais de passagem e como Facilitadora da Jornada da Transformação, Lorena Machado apresentou aos alunos um exemplo de sociedade que fica no Butão, pequeno país no Himalaia, que ao invés de medir sua atividade econômica pelo PIB (sigla para Produto Interno Bruto, um dos indicadores mais utilizados pela macroeconomia) faz uso de outro indicador, a FIB- Felicidade Interna Bruta. Segundo suas explicações, os pilares de avaliação da Felicidade Interna Bruta-FIB envolvem nove dimensões, entre as quais, Bem estar psicológico, Saúde, Uso do Tempo, Vitalidade Comunitária, Educação, Cultura e conservação do Meio-Ambiente.
Informou, ainda, que países como o Reino Unido, Tailândia, Canadá e Austrália já adotam a Felicidade Interna Bruta e que a iniciativa também já se faz presente no Brasil. As primeiras regiões a implantar o indicador em território nacional foram Campinas (SP), Bento Gonçalves (RS) e Brasília (DF). “Sugiro aos alunos que investiguem sobre o Butão. Nessa sociedade, os princípios são budistas, a espiritualidade faz parte da vida”, destacou. Outras duas dicas deixadas pela palestrante, que há dois anos virou blogueira – blog vovozen.com - estão nas livrarias: “A Mulher de 0 a 90 (e além)”, de Joan Borysenko e “Os homens e o amor”, de Samuel Osherson.
Vice-reitora pediu presença dos netianos no campus da UFSC

Vice-reitora pediu presença dos netianos no campus da UFSC
Representando o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo na aula inaugural, a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann, relembrou a determinação das fundadoras do NETI no compromisso assumido com a UFSC, de promover o desenvolvimento humano e destacou a importância do Núcleo para a Universidade.
-“O NETI é parte do Grupo de pesquisas de cuidados à 3ª. idade e está ligado ao Departamento de Enfermagem da UFSC, onde estão sendo desenvolvidas novas atividades, como as chamadas tecnologias assistidas”, observou.
Essas atividades, segundo a vice-reitora, têm servido de referência nacional e internacional como novas maneiras de olhar para o ser humano, não só do ponto de vista físico, mas também pessoal e integral.
“Deixo aqui as palavras do magnífico reitor, que pede que cada um dos senhores usufrua da nossa UFSC para aplicação de conhecimentos e busca de uma melhor qualidade de vida. Circulem por tudo. Faz muito bem para os nossos jovens ter o convívio e a presença dos senhores aqui dentro. Numa época em que precisamos de mais respeito, tolerância, valorização da vida, de minimizar conflitos e enfrentar a questão da violência, torna-se muito importante a circulação dos senhores no ambiente universitário. Nos ajudem a fazer com que nossa universidade seja realmente uma Universidade Aberta da Terceira Idade”, pediu a vice-reitora.
Ao final da aula inaugural, 27 voluntários foram homenageados pelo NETI com a entrega de certificados. O Grupo Vozes da Ilha animou a solenidade, com interpretações de “Deixa a Vida me Levar”, “Canção do Regresso” e “Isso aqui o que é”, de Caetano Veloso. A confraternização alusiva aos 35 anos do NETI terminou no hall do Auditório da Reitoria, quando todos saborearam seu delicioso bolo de aniversário.
Lorena Machado (centro) e o Grupo "Vozes da Ilha", na homenagem aos voluntários do NETI - Foto: Vanda Araújo
Grupo "Vozes da Ilha" interpretou Hino de Florianópolis e músicas brasileiras - Foto: Vanda Araújo
Voluntários homenageados fizeram festa e exibiram certificados
Voluntários homenageados fizeram festa e exibiram certificados
Diana Pinheiro (esq,), autora do Hino do NETI e a professora Maria Cecília Antonia Godtsfriedt, na entrega de Certificado - Foto:Solidônio Amaral
Valuzia Manoel Luiz e a professora Cecilia, na homenagem feita pelo Neti - Foto: Solidônio Amaral
Homenagem reconheceu apoio e dedicação dos voluntários nas ações socioeducativas desenvolvidas pelo NETI nesses 35 anos de compromisso com o envelhecimento
Regina Conti Simone, Maria José Amorim e Margarete Leopoldo de Mello comemoram o recebimento do Certificado - Foto: Solidônio do Amaral
Arlete Guarezi Zandomeneco, Maria Aparecida Ferreira, Regina Conti Simone, Margarete Mello e Evanete Menezes da Rocha - Foto: Solidônio do Amaral
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