Filme russo "Encouraçado Potemkin" e aula do jornalista e crítico de cinema José Geraldo Couto impactaram Encontro do GEC

 

O Encontro do GEC do dia 11 de Novembro teve a ilustre presença do jornalista, tradutor e crítico de cinema José Geraldo Couto. Formado em História e em Jornalismo pela USP, trabalhou mais de vinte anos na Folha de São Paulo e três na revista Set. Hoje escreve no Blog de cinema do Instituto Moreira Sales. A iniciativa de convidá-lo deu-se em função do filme que seria apresentado: Encouraçado Potemkin. As organizadoras do GEC queriam uma abordagem histórica e cinematográfica do filme, isto é, menos debate sobre a temática e mais informação sobre a importância da obra para o cinema mundial. 
Filme russo de 1925, Encouraçado Potemkin conta a história de uma revolta de marinheiros ocorrida em 1905 e apoiada pela população da cidade de Odessa. É uma obra clássica do cinema mundial e é sempre estudada nos cursos de cinema e comunicação, junto com o filme Cidadão Kane, de Orson Wells. 
Entre os motivos para que o filme seja referência, está o fato de que o diretor, Sergei Eisenstein, foi o criador da "montagem conceitual" que aparece em todas as suas obras e é bem exemplificada em diversas sequências do Encouraçado Potemkin, como explicou, na aula que deu ao grupo, José Geraldo: a montagem conceitual consiste em apresentar as imagens de forma que, sem palavras, o expectador perceba e sinta o que o diretor quer passar. Como o filme é ainda do cinema mudo, José Geraldo comentou, também, que o surgimento do cinema falado foi recebido por muitos como o fim do cinema, uma vez que as imagens perderiam a importância narrativa tornando-se apenas ilustrativas. 

Um dos exemplos citados por José Geraldo - as cenas do leão que são apresentadas em ordem e alternadas com outras imagens para construir o significado

José Geraldo trouxe várias informações e análises sobre o filme cujas imagens são referenciadas em outras obras cinematográficas até hoje, mesmo que o filme complete 100 anos no ano que vem. Contou, ainda, que as cenas foram todas previamente desenhadas pelo diretor com o objetivo de conseguir o efeito estético desejado no momento da filmagem.


"Realmente foi 10. Uma aula sobre cinema", comentou Raquel Liberato, Coordenadora Fílmica do GEC.  Para comentar o filme, José Geraldo trouxe em sua fala uma série de informações e conceitos técnicos da sétima arte, afirmando que arte e política sempre andam juntas.



(BG)

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