O Brasil precisa urgentemente lançar um novo olhar para o envelhecimento da população e garantir saúde e qualidade de vida às pessoas com
mais de 60 anos. Essa foi uma das principais mensagens registradas pelos
especialistas e autoridades que participaram do Seminário e Roda de Conversa ‘A
Saúde da Pessoa Idosa e a Garantia de seus Direitos’, nesta quarta-feira (23),
na OAB/SC.
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Mesa de abertura do evento - Foto:OAB/SC |
Como elemento de conexão de causas em prol da melhoria das
condições de vida dos idosos, o presidente da OAB/SC, Rafael Horn, destacou que
o seminário integra as ações da atual gestão. “Tenho dito que a inovação e toda
esta transformação de processos pelo qual todos estão passando só são possíveis
quando nós respeitamos o passado e aqueles que nos permitiram chegar até esse
ponto. Eis porque um dos outros pilares que elegemos é a inclusividade, da
participação dos jovens, das mulheres, dos idosos, de todos da nossa gestão”,
afirmou Horn.
Segundo ele, é fundamental refletir sobre a saúde dos idosos.
“Queremos com isso permitir que a Ordem possa cumprir os pressupostos da sua
existência, que é o direito à cidadania, que só é possível se nós tivermos o
direito à saúde, em especial daqueles que já contribuíram muito para a
sociedade”, declarou Horn.
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Dra. Marilene Campos - Foto:OAB/SC |
Durante o evento, a presidente da Comissão de Direito da Pessoa
Idosa, Marilene Francisca de Campos, afirmou que o encontro marca os 16 anos do
Estatuto do Idoso, referência na regulamentação dos direitos da população
idosa.
Segundo ela, é o documento que assegura atenção integral à saúde
por intermédio do SUS, garantindo acesso igualitário e contínuo às ações e
serviços para proteção e recuperação da saúde, incluindo atenção especial às
doenças que afetam majoritariamente os idosos. “A Comissão busca a aplicação
dos direitos em todas as vertentes para que todas as pessoas e, principalmente,
os profissionais do Direito façam valer todos os direitos individuais das
pessoas que têm o privilégio de envelhecer e de serem valorizadas pelo seu
conhecimento”, enfatizou Marilene, acrescentando que há diferença na aplicação
das regras para garantir efetivamente os direitos dos idosos.
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Leny Baessa Nunes, presidente do Conselho Municipal do Idoso - Florianópolis |
Já a presidente do Conselho Municipal do Idoso da Prefeitura de Florianópolis, Leny Baessa Nunes, chama a responsabilidade da população idosa para a busca de informações sobre seus direitos. “Nossos familiares também precisam se interessar pela matéria. Saiba que hoje quando esses reivindicam pela vovó e pelo vovô já estão preparando o terreno para os jovens de agora” disse ela, que tem 83 anos. “Não adianta colocar anos na vida, é preciso sempre colocar vida nos anos”, acrescentou ela.
Palestra ‘Envelhecimento, Saúde e Autonomia da Pessoa Idosa’
No mundo, o número de pessoas com mais de 60 anos deverá aumentar de cerca de 900 milhões (2015) para mais de 2 bilhões em 2050, segundo informações da ONU (Organização das Nações Unidas).
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Dra. Larissa Tenfen da Silva - Foto: OAB/SC |
“Esse fato vai acarretar uma série de transformações em nossas
vidas individuais quando estivermos passando por esse processo. As famílias
precisam se readequar a essa necessidade de chegada do idoso. Também vai
acarretar uma série de mudanças de relações sociais. O Estado será cada vez
mais demandado a agir, organizar, planejar e proteger os idosos”, declarou a
palestrante e advogada Larissa Tenfen da Silva, que também é professora do
Cesusc e integrante da Comissão da Pessoa Idosa da OAB/SC.
As informações são da Assessoria de Comunicação da
OAB/SC
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