FORUMNCTI 2019: Delegações de 17 estados comemoraram Dia Internacional do Idoso na abertura do Fórum de Aracaju
Idosos de todo o Brasil cantaram parabéns pelo Dia
Internacional do Idoso na manhã dessa terça-feira, 01, no Auditório do
Ministério Público de Sergipe, em Aracaju, em evento que também marcou a abertura do
Forum NCTI 2019. A programação de abertura do Forum reuniu música, pronunciamentos em defesa dos
direitos dos idosos, conferência, seminário e apresentações artísticas
culturais. Para festejar a data, o Núcleo de Pesquisas e Ações da Terceira
Idade –NUPATI, serviu um bolo gigante no Coffee break de encerramento da
programação no Ministério Público, com a logo do Fórum servindo de decoração.
A Cerimônia de abertura do Fórum reuniu cerca de 800
pessoas entre Coordenadores de Projetos da Terceira Idade de Instituições de
Ensino Superior, Delegações estudantis de 17 estados, palestrantes do Chile e
Argentina, especialistas em Gerontologia, pesquisadores, autoridades e
convidados. Vindas de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato
Grosso do Sul, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, as delegações estudantis
foram apresentadas uma a uma sob salvas de palmas, com o cerimonial
apresentando características locais como curiosidades ligadas ao folclore e elementos
da cultura local.
Delegação do NETI/UFSC representou Santa Catarina |
O coral Nova Vida, do SESC, formado por idosos e que se
apresentou com 46 de seus membros, fez o público cantar e bater palmas com as
canções “Trenzinho Caipira”, de Villa Lobos
e “Sergipe é o meu lugar”.
Para dar boas vindas aos participantes do Forum NCTI, a ser
realizado até 03 de outubro, em Aracaju, o cerimonial anunciou Eduardo Dávila, Procurador
Geral da Justiça. “Quando fui convidado para abrir o evento, fiz um discurso formal porque imaginava
encontrar idosos fechados, sérios. Me enganei completamente: encontrei aqui
pessoas com vitalidade, que mais parecem adolescentes, o que me fez pensar em
algo do tipo boas vindas, galera!”,
disse o procurador, arrancando risos e palmas. Após a fala do Procurador, foi a
vez da senhora Alda Cruz, 90 anos, homenagear os amigos idosos com o “Cordel do
Idoso”, de sua autoria.
A mesa de abertura foi composta por nove integrantes, entre os quais Dilton
Maynard, na ocasião representando o reitor da Universidade Federal de
Sergipe-UFS, Dr. Angelo Roberto Antonielle; Rita de Cássia da Silva Oliveira, presidente
da Associação Brasileira das Universidades Abertas da Terceira Idade-ABRUNATI/Brasil;
Dra. Noêmia Lima Silva, diretora da
NUPATI/UFS; Manoel Durval Andrade, presidente do Conselho Estadual do Idoso; Ruth Andrade, representando o senador Rogério
Carvalho; Fábio Oliveira, do Instituto GBarbosa; Professora Raquel Simões Neto,
representando o Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa; Terezinha Peixoto, presidente
do Centro Acadêmico da Maturidade e Adriana Carvalho, diretora geral do Campus
Lagarto-UFS. Após a execução do Hino Nacional, a diretora da NUPATI, Noêmia
Lima Silva passou a palavra ao representante do Reitor que abriu oficialmente o
evento.
Dra. Noêmia Lima Silva |
“É uma oportunidade extremamente rica receber este Fórum em
Aracaju, pela segunda vez. O principal motivador disso são vocês, que em
Florianópolis, em 2017, disseram que queriam vir para Aracaju. Esses eventos
representam uma grande força, um grande espaço para que cada vez mais
professores e coordenadores possam estar tocando os projetos das Universidades
Abertas da Terceira Idade”, disse Noêmia
Silva. Segundo a diretora, a escolha do Dia 01 de Outubro para abertura do evento foi proposital. “O
Dia Internacional do Idoso tem que ser comemorado, sim, apesar das mazelas que
está vivendo o Brasil. A gente tem que comemorar para não deixar que a coisa afunde”, pontuou,
ao mesmo tempo em que fez agradecimentos ao Coral, do SESC e à Alda Cruz,
segundo ela autora de mais de 100 cordéis.
Manoel Durval Andrade, presidente do Conselho Estadual do
Idoso, pediu desculpas pelas acomodações ao detectar pessoas sentadas no chão,
no Auditório. “Os fins justificam os meios. Os resultados do que vocês vão
produzir neste evento é o que mais importa”, enfatizou. O presidente antecipou
ações do Conselho no sentido de ver incluído temas sobre Envelhecimento no
ensino fundamental, parabenizou os
idosos pelo aniversário de 16 anos do Estatuto do Idoso e destacou a
importância da Educação para a sociedade. “Só a educação muda um povo. Que os
resultados desse encontro sejam transformadores”, desejou o presidente do
CEI-SE.
Universidade Federal de Sergipe terá vestibular para idosos
Dilton Maynard, que representou o reitor, falou da satisfação da Universidade Federal de
Sergipe, de ter idosos em salas de aula
e deu uma grande notícia aos estudantes da terceira idade: “ainda este ano, a
UFS deverá realizar o primeiro vestibular para idosos”, antecipou o professor, para
quem a permanência do Idoso na UFSC “ é motivo de orgulho. Ter pessoas idosas na Universidade é
fundamental para desconstruir a ideia de que só o novo serve”, disse Dilton.
Diretor da UnATI.Uerj defendeu ações de mais qualidade em
Políticas Públicas para a pessoa idosa
A Conferencia de abertura do Fórum teve como palestrante o
médico Renato Vera, diretor da UnATI.
UERJ, professor da Pós-Graduação e editor da Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, com o tema “A sociedade longeva brasileira e a
sustentabilidade das políticas públicas
e sociais”. Renato Vera optou por fazer um grande panorama do tema em abordagem
não específica, mas sim de todo um conjunto. Doutor nas áreas de Pesquisa “Epidemiologia e Doenças Crônicas na Terceira
Idade e Modelos de Cuidado para o Idoso, o médico carioca, de 69 anos, passeou
pelo Brasil e pelo mundo com dados que atestam a longevidade, apresentados de
forma leve e cativante.
“O Rio de Janeiro tem hoje o segmento mais idoso da América Latina. Em
Copacabana, 1/3 dos moradores do bairro são idosos”, disse o palestrante, para
quem do ponto de vista social o idoso ganha cada vez mais importância,
inclusive em termos numéricos. Conforme Renato Vera, o Brasil, ao lado de outros
países do BRICs (Rússia, India e China), já
responde por 40,6% da população mundial de idosos, o que requer uma política
pública eficiente, uma abordagem diferente. “A população não para de envelhecer
e isso requer mais políticas públicas. Temos que pensar em algo de mais força,
de robustez para oferecer ações de mais qualidade”, ponderou. “A questão não é
viver 100 anos, mas buscar qualidade de vida para viver de forma plena”,
comentou o conferencista, observando que em 2050 a população jovem terá número
igual ao da população idosa. “O cenário mudou, não há mais situação a ser contestada”, observou.
“É preciso ter projeto de vida”, sugeriu palestrante
O palestrante falou dos motivos para a queda de fecundidade
– anticoncepcionais, mulher e mercado de trabalho, urbanização, estética e
redução da renda – e chamou atenção para novos ciclos, novos desafios e
transformações sociais a partir de mudanças biológicas com a Genética. “Outras situações
que vamos ter que enfrentar são os novos medicamentos que permitirão uma vida
sexual ativa por um período de até 100 anos. O corresponde do Viagra, para a
mulher, deve entrar no mercado de 1 a 2 anos”, assegurou, levando o público aos
aplausos. ‘Estamos falando de um novo
mundo que se avizinha, que está muito perto de todos nós. Essas questões
maiores, mais conjunturais de mudança de comportamento estão se aproximando de
nós cada vez mais”, reconheceu.
Vera falou de doenças crônicas, sobre como conviver com
elas, sobre os benefícios da prevenção, criticou o modelo americano de saúde
adotado no Brasil, “de que quanto mais especialista melhor”, conceituou fator
de risco e deu dicas interessantes ao grande público estudantil. Para o
especialista, é preciso ter um projeto de vida para ser feliz.
“A atividade física é muito importante, pense numa
atividade física para você, é o melhor remédio. A alimentação também precisa ser incorporada
na vida da gente. Temos que mudar, agora
não dá para fazer disso uma coisa chata. Ninguém vai mudar de forma opressiva,
violenta. Esse é o grande desafio que quero apresentar para vocês: a vida não é
simples, é complexa. Temos que aprender a conduzir os excessos”, observou.
(VA)
Maravilhoso!!! Apesar da crise nas universidades brasileiras, as UNATIs permanecem ativas, fazendo a diferença no cenário nacional, contribuindo com a sociedade e constituindo-se em um grande celeiro de pesquisa, ensino e extensao. Sobretudo, transformando vidas! Parabens à Professora Noemia da UFS e toda equipe do NUPATI pelo FORUM NCTI 2019. E o meu carinho à delegaçao do NETI/UFSC, o meu coraçao está com voces! Bjs da Nina
ResponderExcluirGratidão aos netianos que nos representaram no Fórum. Parabéns Vanda pela matéria.!!!
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