"Fado da Sustentabilidade” encantou professores e alunos em sua primeira apresentação no NETI


Cerca de 50 pessoas, entre professores, alunos e voluntários do Núcleo de Estudos da Terceira Idade-NETI prestigiaram a  apresentação do “Fado da Sustentabilidade” na tarde de terça-feira (11), no Deck do Núcleo. Vestido em peças originais e criativas, feitas a partir de material reciclado, como saia vermelha de plástico, camiseta de lacre de latinhas, cinto de papel jornal forrado de plástico, colete verde de cauda de caixinhas de leite e portando lindas asas em CDs, o ‘’Fadinho”  como ficou apelidado, fez do convite recebido pelo NETI um divertido encontro sobre Educação Ambiental com o público 50+ que o aguardava.


"Sou o Fado da Sustentabilidade e estamos aqui para conversar com vocês sobre três assuntos: copo plástico, energia e coleta seletiva”, apresentou-se Michel Oliveira, 22 anos, aluno do 4º. Período do Curso de Artes Cênicas da UFSC, para na sequência apresentar Luana Martins, aluna do 5º período do Curso de Ciências Biológicas da UFSC, com quem dividiu a atividade no NETI.


Sorriso largo, ares de brincalhão, provocador, o “Fado da Sustentabilidade” mexeu com o público, ao buscar respostas para suas perguntas: “Vocês sabem quanto temos gasto por ano em copinhos plásticos? Vocês sabem para onde vão esses copos? Vocês costumam utilizar sua própria caneca? Alguém tem idéia de quanto a UFSC gastou no ano passado com energia? Que tipo de material posso reciclar? Alguém sabe o que são rejeitos? Quem faz separação de lixo em casa? Vocês levam sacola quando vão ao supermercado?”,  ia perguntando o “Fadinho”, enquanto dava espaço para o público se manifestar.



O retorno vinha com embasamento. "Em 2018, mais de 650 mil copos descartáveis foram utilizados. Em 2017, foram mais de 1 milhão de copos. Esses copinhos são pequenos, se perdem no recolhimento até chegar às cooperativas de reciclagem, e portanto a gente tem que parar de usar. É muito importante ter o seu próprio copo, é importante ter essa noção. Sem contar que o copo plástico tem outro probleminha: quando se bebe café quente, o copo plástico libera uma substância cancerígena”, enfatizou o "Fado da Sustentabilidade". Segundo ele, o tempo de decomposição do copo descartável leva de 250 a 400 anos.






“Bituca de cigarro não é semente”, disse o “Fadinho”

Mas foi na Coleta Seletiva que a dupla da UFSC mais empolgou. Em meio aos questionamentos e com material didático em mãos, Michel e Luana iam explicando como separar o lixo, que tipo de material pode ser reciclado, cuidados a serem observados na separação e como fazer a destinação ambientalmente adequada desses materiais.
“Bituca de cigarro não é semente, tem que ser jogada na lixeira. Também não dá para misturar material com resíduo ao material sem resíduo. Vidros e tampinhas por exemplo, devem ter coleta separadas”, disse Michel, enquanto ia chamando atenção para a importância da mudança de hábito na vida das pessoas. “A gente consome muito lixo, isso precisa mudar e pode ser feito aos poucos, através da mudança de hábitos. Eu, por exemplo, ando com a minha ecobag dentro da mochila”. Lembrou que desde meados de 2017, quando a Coleta Seletiva Solidária foi implantada na UFSC, mais de 50 mil toneladas de material reciclado foi para a Coleta.

Lixo que não separamos vai para o Aterro sanitário

A abordagem sobre Rejeitos, o que são e o que fazer com esse tipo de lixo aguçou a curiosidade do público. "Rejeitos são restos de comida, guardanapos sujos, resíduos sem condições de serem reciclados ou valorizados", explicou Michel. Observou que no caso dos restos de comida, a UFSC tem um minhocário onde esse tipo de resíduo é colocado. Em Florianópolis, os rejeitos vão para o aterro sanitário de Biguacú, onde são enterrados. Mas, não são somente rejeitos que vão para o aterro sanitário. Segundo Michel, o lixo não separado, colocado na coleta comum da Comcap, também vai para o aterro sanitário. "É  por isso que é importante separar o lixo antes da coleta; é importante pensar em como descartar o que consumimos", defendeu o "Fadinho".



“Fado da Sustentabilidade” é fruto de uma construção  coletiva

A apresentação feita no NETI é fruto do Projeto de Extensão “Promoção da Cultura de Sustentabilidade na UFSC por meio de intervenções artísticas”, desenvolvido pela Coordenadoria de Gestão Ambiental-CGA da Universidade em parceria com o Departamento de Artes Cênicas. O personagem “Fado da Sustentabilidade”, por sua vez, resulta de uma construção coletiva entre os bolsistas de ambos setores.
“A CGA estava em busca de uma nova abordagem para a Educação Ambiental dentro da Universidade e pensou que talvez a intervenção artística fosse uma boa ideia. Procuramos o professor Luiz Fernando Pereira, coordenador do Departamento de Artes Cênicas que terminou fechando parceria conosco no Projeto de Extensão”, conta Gabriela Mota, servidora da Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC. Explica que a intenção, quando o “Fado da Sustentabilidade” passa nas salas, é fazer improviso em intervenção, tentar passar as informações de forma lúdica. "O personagem participa de outros projetos e está à disposição para outras intervenções, mas o foco desse trabalho são os alunos e os servidores da Universidade", observa Gabriela.








A ação pedagógica desenvolvida pela CGA e DAC/UFSC atendeu à solicitação da Equipe do NETI e teve como público alvo o Grupo de Convivência Cinco de Maio, coordenado pela professora Helena Scoz. Para Michel e Luana, a experiência foi proveitosa e interessante. “As pessoas foram muito participativas, se mostraram atentas e  curiosas. Muitos não sabiam do aterro sanitário”, observou Michel. O “Fado da Sustentabilidade” volta a ser atração no NETI nessa sexta-feira (13), quando conversará com alunos do EJA-Programa de Educação de Jovens e Adultos.



Texto e fotos: Vanda Araújo

Para saber mais sobre a Campanha de Coleta Seletiva Solidária e sobre o Projeto de Educação Ambiental da CGA/UFSC acesse o link abaixo


https://gestaoderesiduos.ufsc.br/campanhas-coleta-seletiva-solidaria/

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