Público expressivo prestigiou exibição de “Capital Humano”, em sessão promovida pelo GEC/CENETI no CSE/UFSC



A chuva que caiu em Florianópolis na manhã dessa segunda-feira (03), em nada atrapalhou a programação do Grupo de Encontros Culturais-GEC/CENETI, que reuniu público expressivo na exibição do filme “Capital Humano”, no Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC. Realizado excepcionalmente nesse local – os encontros do Grupo sempre acontecem no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Central da UFSC- o primeiro encontro de setembro do GEC reuniu 22 pessoas.
Além do filme, drama/suspense de 2013, produzido na Itália e França, e considerado “fantástico“ pela crítica, pela forma como trata questões importantes da humanidade, o Encontro discutiu assuntos internos do Grupo, em especial a criação de uma logo para o GEC.
O Grupo de Encontros Culturais foi criado em 2015, por alunos egressos do Curso de Cinedebate do NETI/UFSC. Com o encerramento desse Projeto no NETI, o Grupo cresceu de adesão, tendo dobrado seu quadro de associados em 2018. Os encontros do GEC ocorrem duas vezes ao mês e sempre exibem filmes de impacto, selecionados a dedo por seus organizadores, em sessões seguidas de debates. Com frequência, o Grupo traz debatedores de renome para discussão com seus membros.



O que atrai em "Capital Humano"

Dirigido por Paolo Virzi, com roteiro impecável do diretor e dois parceiros - Francesco Bruni e Francesco Piccolo - o filme “Capital Humano” é baseado no livro homônimo de Stephen Amidon. Ao apresentar o filme, a Coordenadora Técnica do GEC destacou aspectos curiosos de sua produção:
“O filme repercutiu muito, sendo considerado fantástico, por conseguir falar de questões importantes da humanidade de maneira direta e simples”, observou Raquel Liberato. Segundo a coordenadora, “a obra se constitui num retrato e identidade atual do mundo. É um estudo sociopolítico sobre um sistema injusto e sobre a decadência das pessoas. O filme ironiza a especulação financeira e imobiliária e critica a arte e o ser humano que lucra com a crise econômica do país”, enfatizou.
“Capital Humano” também é definido como uma história complexa,  narrada em 4 capítulos que se completam e que mostram os pontos de vista dos diferentes personagens. No filme, três famílias de classes sociais diversas mostram suas concepções de mundo, desejos e projetos de vida. Paolo Virzi apresenta o mesmo tempo narrativo através de diferentes perspectivas, unidos por uma ocorrência e consegue manter o mistério ao longo do filme.

Tradicional Coffee Break do GEC

O que dizem os críticos 

Abaixo, algumas considerações sobre o filme,  veiculadas por críticos de cinema, que a coordenadora técnica do GEC considerou importante destacar na sessão dessa segunda-feira:
"Existe uma máxima cruel da economia que diz: Nem todo cenário ruim é ruim para todo mundo. Alguém ganha em algum momento, alguém é culpado por algo que não fez e alguém está disposto a tudo para conseguir dinheiro".
"Capital humano mostra com ironia o valor da vida que é medida através de índices de produção e posses, mesmo quando alguém não pode mais produzir ou possuir nada".
"Quão mesquinho pode se tornar um homem, quando tem que lidar com o valor da vida humana".
"O dinheiro é sempre colocado à frente das pessoas, provocando prejuízos".
"Há riqueza bastante no mundo para as necessidades dos homens, porém não para a sua ambição".



Texto: Vanda Araújo com a colaboração de Raquel Maia Liberato
Fotos: Maria das Graças Ferreira e Raquel Liberato

Comentários

  1. Muito bom Vanda ! Seu comentário muito me agradou!
    Você está de parabéns com esse blog e o modo como o faz!!!!beijos!!

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  2. A escolha do filme foi perfeita. Aliás, os filmes sempre são muito bem escolhidos pela equipe técnica.
    Vanda, parabéns pelo trabalho. O blog está ótimo!!! Bjusss

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