Força do eleitorado idoso deve crescer nas eleições de 2018 e exigirá instrumentalização do segmento sênior no debate político


Diretor Técnico-Científico da ANG/SC, Nelson Seiffert, conduziu Roda de Conversa

A Roda de Conversa realizada no SESC Prainha, em Florianópolis, na quarta-feira (05), pelo SESC e a ANG/SC, dentro do Projeto Idoso em Foco, fez refletir sobre a importância do eleitorado idoso começar a efetivamente se situar no cenário político brasileiro.  Pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, mostram que em 2018 o montante de idosos aptos a votar será significativamente maior que o montante de jovens. Numa projeção mais ampla, para 2030, o poder político dos idosos tende a ser ainda maior. Estima-se que com 42 milhões de eleitores, os idosos serão o dobro dos jovens, com 21 milhões de eleitores.
“Introduzir pessoas do segmento sênior, com envelhecimento ativo, na compreensão do Modelo da Organização Política Brasileira atual e instrumentalizar sua participação no debate político torna-se fundamental”, defendeu o diretor técnico-cientifico da ANG/SC, Nelson Seiffert, palestrante da Roda de Conversa, que teve como tema “O voto na garantia dos seus direitos”.
De acordo com o palestrante, a responsabilidade do eleitorado, como um todo, deve ir muito além do exercício de votar. “O voto é uma questão de consciência, de exercício da cidadania, de envolvimento no processo político, mas a participação política não deve se encerrar no ato da votação. O cidadão tem que se preparar, buscar conhecimentos, discutir, fiscalizar. O conhecimento é o principal desafio para a introdução de novos padrões de exercício da cidadania e de conduta política”, observou.



Idosos devem superar jovens em 5 milhões de eleitores em 2018

Pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral, do primeiro semestre desse ano, veiculada no Portal do Envelhecimento, mostra que o eleitorado grisalho será decisivo nas eleições gerais de 2018 no Brasil. Pela primeira vez na história, o montante de idosos com idade a partir de 60 anos, aptos a votar, será significativamente maior que o montante de jovens de 16 a 24 anos.
De acordo com o TSE, o país terá 22,3 milhões de jovens aptos a votar nas eleições de 2018 (15,3% do eleitorado) e 27,3 milhões de idosos (18,6% do eleitorado), com o número de idosos  superando em 5 milhões o número de jovens.
Para 2030, estima-se que com 42 milhões de eleitores, os idosos serão o dobro dos jovens, com 21 milhões de eleitores. Em 2043, com 60 milhões de eleitores, os idosos serão o triplo dos 20 milhões de jovens.  A vantagem da população grisalha continuará se ampliando ao longo do século e os idosos, com 72 milhões de pessoas, em 2058, devem ter um montante 4 vezes maior que os 18 milhões de jovens aptos a votar.

Mulheres idosas terão força extraordinária na década de 50
Ainda de acordo com as pesquisas, o poderio eleitoral do total de idosos vai ser acompanhado pelo poderio das mulheres idosas, que  serão entre 55% e 56% do eleitorado em meados do atual século. Estima-se que somente as mulheres idosas da década de 2050, serão duas vezes maior que todo o eleitorado jovem de 16 a 24 anos. As previsões são de que as mulheres com mais de 60 anos terão uma força extraordinária na medida em que o processo de envelhecimento populacional se aprofundar.
Considerando a população brasileira, em 2018, os idosos a partir de 60 anos representam 13% do total. Porém, entre o eleitorado, o percentual de idosos é de 18,6% do total de eleitores. Os jovens de 16 a 24 anos são 14,7% da população total do Brasil, em 2018, e 15,3% do total de eleitores, o que mostra que proporcionalmente, os idosos estão mais sobre-representados no eleitorado.

Texto:Vanda Araújo
Fotos: Alexsandra Gallotti/Arlei Borges




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