Gonzaga - de pai pra filho: Mediação do filme, exibido no encontro do GEC, explorou particularidades da trajetória de dois ícones da música popular do Brasil


 


Os membros do Grupo de Encontros Culturais - GEC/CENETI, foram duplamente presenteados com a atividade da última segunda-feira (18), na Biblioteca da UFSC. Convidado para o evento, o professor de Música Popular Brasileira do NETI,   Alberto Gonçalves, não somente acertou na escolha do filme “Gonzaga – de pai pra filho” como propiciou, na qualidade de Mediador, que o Grupo conhecesse mais de perto a história do cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o rei do Baião e de seu filho, Gonzaguinha.
Alberto Gonçalves contou episódios marcantes da história de vida de Luiz Gonzaga e de Gonzaguinha, com passagens
pela carreira musical, família, amores, sucessos, dissabores e pelo difícil relacionamento entre ambos e levou para o Grupo aspectos da vida do pai e filho não retratados na Cinebiografia do diretor Breno Silveira.
“O filme passa a idéia de que depois que pai e filho se desentendem, naquela cena de quebra do violão de Gonzaguinha, eles nunca mais se falam, mas não é bem assim. Quem lançou o Gonzaguinha compositor foi o Gonzagão. Luiz Gonzaga grava Gonzaguinha nos anos 70”, destacou o professor, lembrando que Gonzaguinha se apresentaria em público no início dos anos 70, num contexto de crítica à Ditadura, com canções de protesto. 
“Dessa época, é o Movimento Artístico Universitário (MAU), movimento de grande importância na música popular do Brasil”, observou. De acordo com o professor, com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 70, Gonzaguinha muda a trajetória de sua carreira, passando a cantar canções como Começaria Tudo Outra Vez, Explode Coração e O que É o que É”.


Alberto Gonçalves identificou passagens parecidas na trajetória profissional de pai e filho, observando que até  os anos 80 era preciso que compositores e músicos de modo geral se deslocassem para o Rio de Janeiro ou São Paulo em busca de projeção nacional.
“Assim como o pai, que se projetou no  Rio de Janeiro, onde estava a Rádio Nacional, Gonzaguinha ganharia projeção na Rádio Tupi, de São Paulo, com o  Movimento Artístico Universitário (MAU) e em festivais da canção. Gonzagão teve a perspicácia de saber o que atraia o povo. Dizia, não vou fazer show fechado, vou cantar a minha música. E assim foi construindo sua identidade como nordestino. O baião acaba virando uma febre nacional.  Gonzaguinha segue a mesma trajetória do pai e canta o Rio de Janeiro, o morro de São Carlos”, observou.

Raquel Maia Liberato, coordenadora da Equipe Técnica do GEC, no agradecimento ao Professor Alberto Gonçalves´

Sobre o filme de Breno Silveira, lançado em 2012 e elogiado pela Crítica, o professor foi sucinto: “O conflito é posto, se desenvolve e depois se resolve”, avaliou.
Alberto Gonçalves coordena a Oficina de Música Popular Brasileira do NETI e também está oferecendo um Minicurso de tema “A Força do Moleque Gonzaguinha”.  O curso teve início dia 18 de junho, com os próximos encontros previstos para os dias 25 de junho, 02 e 09 de julho. As aulas acontecem no Auditório do NETI, das 16h30min às 18h30min e as vagas são limitadas a 35 no total.
O encontro do dia 18, mediado pelo professor, marcou o encerramento das atividades do GEC desse semestre na BU/UFSC. O Grupo volta a se reunir em Agosto.




(VA)

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