Sepex: Relógio do corpo humano mostrado no “Projeto Cheiro Verde no Quintal da Escola” foi destaque ao lado de mais de 100 projetos interessantes
O Blog integraNETI fez ponto no estande do NETI, nos três dias
da Sepex, mas também deu um giro geral pelos corredores para contar o que viu aos
seus leitores. Difícil resumir numa só matéria os 130 projetos expostos nas
áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão, mas aqui relatamos um pouco do que vimos no
intuito de passar uma visão geral da Sepex/UFSC.
Matemática: Entre os estandes que
exploraram o tema da Sepex desse ano “A Matemática está em tudo”, o do NETI foi
destaque, com a oficina que trabalhou aritmética, álgebra e geometria, tripé
que dá sustentação à matemática.
A oficina relembrou conhecimentos de matemática fundamental e interagiu, na prática, o exercício de cálculos do IMC- índice de massa corpórea, propiciando aos visitantes relacionarem o resultado do IMC com a sua faixa saudável de alimentação.
A oficina relembrou conhecimentos de matemática fundamental e interagiu, na prática, o exercício de cálculos do IMC- índice de massa corpórea, propiciando aos visitantes relacionarem o resultado do IMC com a sua faixa saudável de alimentação.
Professor Pasqual Testa, do NETI |
Os exercícios foram feitos na prática: o visitante subia na balança, anotava o seu peso e na sequência fazia o cálculo, dividindo o seu peso pela altura ao quadrado. Outra atividade interessante foi o conhecimento do número PI. Estudantes que participaram da Oficina do NETI na Sepex receberam um breve histórico evolutivo do PI, com referências que remontam aos hebreus (a.C), em 1500. A Oficina oferecida pelo NETI também trabalhou histórico e manuseio do Tangram, quebra- cabeças chinês formado por sete figuras geométricas. “Quem passou por nosso estande vai parar de falar mal da Matemática. Vai ver que a matemática é um elixir para a vida”, observa o professor Pasqual Testa, que há dois anos e meio ministra a oficina Matemática como Ação de Vida, no NETI.
Sáude: Nessa área destacamos os estandes de Doenças silenciosas
e “Qual idade tem seu coração”. O primeiro, é resultado de um projeto de extensão
que trata da prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (depressão, câncer,
diabete, problemas respiratórios, obesidade, osteoporose), doenças que segundo
os expositores poderiam ser evitadas com prevenção e bons hábitos. O estande fez medidas
antropométricas, aplicou questionário e enviará resultados dos
exames por e-mail, para que os visitantes fiquem sabendo se estão propensos a algum grupo de
risco.
Já o estande “Qual idade tem seu coração”, analisou
se os visitantes possuíam tendência a desenvolver alguma doença cardiovascular
nos próximos 10 ou 30 anos. Os participantes foram submetidos a exames,
medições e responderam questionário.
Artesanato: Um dos destaques foi o estande do NEA- Núcleo de
Estudos Açorianos da UFSC, com o projeto “Fazer Saber”. O casal de
expositores Osmarina e `Paulo Villalva,
de 59 e 65 anos, que trabalha com Cerâmica Figurativa, exibiu, entre outros
trabalhos, a figura em cerâmica, criada por ambos, do antropólogo e folclorista
Franklin Cascaes, falecido aos 75 anos, em 1983.
“É o nosso maior expoente folclorista e não podíamos deixar de
trazê-lo”, disse Paulo Villalva, que tem atelier em casa, no Bairro José
Mendes, em Florianópolis.
A Cerâmica Figurativa produzida pelo casal retrata
costumes, religiosidade (cortejo do Divino Espírito Santo, procissão do Senhor
dos Passos), presépios e casarios antigos da Ilha de Florianópolis, entre
dezenas de outros temas.
Sustentabilidade: Nessa área, destacamos o trabalho do UFSC Sustentável, programa de incentivo à iniciativas de sustentabilidade dentro da própria universidade. A equipe apresentou diversos materiais na Sepex, entre os quais o Escritório Sustentável, copos biodegradáveis, que se decompõem em até 60 dias na compostagem e madeira plástica.
No caso do Escritório Sustentável, os expositores orientaram para a economia de energia no uso de eletrônicos, uso de envelope
reutilizável, de papéis reciclados para substituir post-its e lixeiras
específicas para resíduos reciclável, orgânico e rejeito. Quanto
à madeira plástica, seu uso já é realidade na UFSC. Segundo os expositores, os
bancos que ficam em frente à Biblioteca da UFSC já são feitos desse material.
Também chamou atenção o estande Gestão de Resíduos. Os
expositores apresentaram dados sobre a Coleta Seletiva Solidária feita na UFSC com o objetivo de segregar resíduos em recicláveis e
rejeitos e também apresentaram o projeto
Gestão de Resíduos Químicos e Especiais, voltados a resíduos de classificação
perigosa.
Educação ambiental: Um dos projetos que chamou atenção do Blog integraNETI foi o Sala Verde UFSC, que fez uso de jogos e criatividade para falar de educação ambiental.
Coordenadora do NETI, Jordelina Schier, em visita ao estande do Sala Verde UFSC, que ficou ao lado do estande do NETI.
A equipe do Sala Verde trabalhou diversas atividades, entre as quais quebra-cabeça, sudoku com animais de pelúcia e também ensinou os visitantes a produzirem ecocadernos, feitos com o verso de folhas usadas que provavelmente não teriam utilidade. A equipe do Blog integraNETI se revezou na produção de ecocadernos e adorou a experiência.
Outro estande que encantou os visitantes da 16ª Sepex foi o “Projeto
Cheiro Verde no Quintal da Escola”, do Colégio de Aplicação. Os visitantes que
chegavam ao estande eram recebidos por crianças de seis a sete anos que
comandavam a apresentação de todo o material exposto sob a observação das
professoras Maria Elza de Oliveira Lima, coordenadora e orientadora
educacional, no Colégio Aplicação e da professora Mariza Konradt de Campos.
Um dos destaques do estande foi o Relógio do Corpo Humano, uma teoria chinesa que aborda as plantas medicinais. O Relógio foi representado por um canteiro de plantas medicinas exposto no centro do estande, onde figuravam os chás recomendados para cada órgão do corpo com os respectivos horários em que deveriam ser tomados.
Um dos destaques do estande foi o Relógio do Corpo Humano, uma teoria chinesa que aborda as plantas medicinais. O Relógio foi representado por um canteiro de plantas medicinas exposto no centro do estande, onde figuravam os chás recomendados para cada órgão do corpo com os respectivos horários em que deveriam ser tomados.
Maria Elza, professora e coordenadora no Colégio Aplicação |
“Existe um momento em que nosso corpo precisa de uma energia
maior e capta muito mais do que precisamos. Nesse momento é ideal tomar um
chazinho”, observou Maria Elza, do Colégio Aplicação. No caso do fígado, por
exemplo, a coordenadora observa que o trabalho por parte do nosso corpo, é mais
intenso da 1h às 3h da madrugada, momento em que há mais energia para processar
o chá que tomamos. “Nesse horário, o efeito do chá é bem maior”, observa. Para
o fígado, o Relógio do Corpo Humano sinalizou chás de alcachofra, bardana e carqueja.
No caso do estômago, o chá surte melhor efeito no horário das 7h
às 9h. Entre os chás recomendados para o estômago estão endro, erva cidreira,
manjericão, espinheira santa e alfavaca anisada. Para o coração, os chás
indicados são alecrim, urucum e capuchinha pimenta e fazem melhor efeito se
tomados das 11h às 13h. Para o pulmão, o relógio humano indica melhor efeito das
3h às 5h e chás de guaco, violeta de jardim, malvariço, poejo e pulmonária.
Para os rins, foram indicados chás de hibisco, lágrima de nossa senhora, pata
de vaca e quebra pedra, devendo serem consumidos das 17h às 19h.
O Colégio de Aplicação também levou para a Sepex o estudo das
abelhas e o trabalho feito com as crianças focado na alimentação saudável.
O projeto “Cheiro Verde no Quintal da Escola” foi criado em 2013
e envolve alunos do primeiro ano A (com idade de seis e sete anos) e os sextos
anos – A, B e C (com idade de 11 e 12 anos). No primeiro ano, o projeto focou
hortas, no ano seguinte, horta e pomar, no terceiro ano, minhocário, e na
sequência, composteira e borboletário. Atualmente o Projeto está focado no Relógio do Corpo Humano.
O Colégio Aplicação levou 22 alunos do primeiro ano A e 22 alunos
dos sextos anos para a Sepex. Ao final de suas explanações, as crianças de seis
e sete anos apresentavam publicações contendo nome
popular e científico das plantas medicinais, dicas de cultivo, indicações,
contra-indicações e receitas, e ofereciam chazinho a cada um dos visitantes.
Sunamita de Oliveira Silva, 35 anos, mãe de Sarah Mokva, sete
anos, aluna do primeiro ano A, que mostrou o estande ao Blog integraNETI, disse
que o projeto teve forte influência sobre a filha e a família. “Despertou
interesse na família inteira”, observou.
,
Meio ambiente: Na seção de meio ambiente, chamaram atenção os
estandes do Lear – Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis, com o projeto
“Mitos e Curiosidades da Herpetofauna” e o estande do Labitel - Laboratório de
Biologia de Teleósteos e Elasmobrânquios. Os expositores tentaram quebrar mitos
em torno dos répteis, tubarões e raias e também explicaram a importância destes
animais para o ecossistema.
No estande do Lear os
visitantes observaram cobras, tartarugas, sapos, pererecas e rãs. Já o estande
do Labitel convidou visitantes a tocarem nos exemplares de tubarões e raia e
também em mandíbulas, despertando grande curiosidade no público. Em alguns
momentos, ficava até difícil ter acesso ao estande.
Outro
estande que chamou atenção foi o do Centro de Informação e Assistência Toxicológica
de Santa Catarina-CIATox. Expositores do
Centro propiciaram aos visitantes manusear vidros contendo aranhas, serpentes,
lagartas e escorpiões. Paralelo à exposição dos animais peçonhentos, foi apresentado
vasto material ilustrativo sobre intoxicação e
envenenamento, com os expositores informando sobre os serviços prestados
pelo Centro. O Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina
está localizado junto ao Hospital Universitário-HU e é referência no Estado na área de Toxicologia Clínica. O Centro
atende 24h por dia nos sete dias da
semana,
com plantões permanentes nas intoxicações e
envenenamentos (animais, agrotóxicos, plantas tóxicas, fungos e medicamento).
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