Regiões Sul, Sudeste e Norte do Brasil lideram inserção de idosos nas Universidades Abertas à Terceira Idade-UNATIs

Estudo de 2014 realizado por profissionais das áreas de Saúde e de Educação, com o objetivo de descrever um panorama das Universidades Abertas à Terceira Idade (UNATIs) no Brasil, apontou a existência, naquele ano, de 368 Instituições de Ensino Superior em território nacional. As 368 instituições encontradas foram convidadas a participar da pesquisa, mas de acordo com as pesquisadoras somente 51 delas responderam ao questionário encaminhado.
 Os dados levantados indicam que 26 Instituições de Ensino Superior (51%) possuíam algum programa para inserção do idoso no ambiente universitário e 25 (49%) não possuíam. Dentre as instituições que possuíam o programa, 22 são Universidades e 4 são Centros Universitários; 12 são instituições particulares e 14 são públicas, sendo que das instituições públicas, 11 são federais e 3 são estaduais.
Com relação à localização das instituições que possuem o programa de inserção dos idosos, a pesquisa mostra que 8 delas estão localizadas na região Sul, 6 na região Sudeste, 3 na região Centro-Oeste, 3 na região Nordeste e 6 na região Norte do Brasil. Quando verificados os nomes adotados para estes programas, o mais comum, utilizado por nove instituições, foi Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI).

Panorama das UNATIs confirma pioneirismo do NETI

Conforme as pesquisadoras, os programas voltados a adultos e idosos nas universidades brasileiras cresceram de forma expressiva a partir da década de 90, em razão da visibilidade alcançada pela velhice.  Entre 1990 e 1999, esses programas cresceram de 6 para cerca de 140 no país.
O primeiro projeto brasileiro em prol do idoso, apontado pelo estudo, teve início com a criação da Escola Aberta à Terceira Idade do Serviço Social do Comércio (SESC), em Campinas (SP), em 1977.
O primeiro programa de atendimento ao idoso, realizado em uma universidade, no entanto, surgiu apenas em 1982, na Universidade Federal de Santa Catarina: Núcleo de Estudos da Terceira Idade-NETI. 
Desde então, instituições de ensino superior começaram a se interessar pela questão social do idoso e do envelhecimento populacional no Brasil, enfatizam as pesquisadoras.
O estudo concluiu que os programas de inserção do idoso no meio acadêmico, como as Universidades Abertas à Terceira Idade, são atividades que contribuem significativamente para uma melhor qualidade de vida no processo de envelhecimento.
Contudo, dizem as pesquisadoras, "as instituições de ensino superior brasileiras ainda não participam de forma eficaz nas pesquisas que envolvem o assunto, fato que torna necessária a elaboração de novos trabalhos que contemplem um maior número de instituições participantes e apresentem um panorama ampliado da temática no contexto brasileiro, suas características, contribuições, limitações e desafios".
Assinam o estudo disponível na Internet, titulado Panorama Atual das Universidades Abertas à Terceira Idade no Brasil, as pesquisadoras Giovana Duarte Eltz (fisioterapeuta),  Nathalie Ribeiro Artigas (fisioterapeuta),  Diane Moreira Pinz (fisioterapeuta) e Cleidilene Ramos Magalhães (pedagoga).

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